https://ojs.musica.ufrn.br/emi/issue/feed Anais do Encontro sobre Música e Inclusão 2025-06-10T08:03:12-03:00 Rayssa Fernandes rayssagondim@ufrn.br Open Journal Systems <p>Os <strong>Anais do Encontro sobre Música e Inclusão</strong> reúnem os trabalhos apresentados nos Encontros sobre Música e Inclusão (EMI) - evento realizado anualmente pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN), com apoio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPIA) da EMUFRN, por meio do Setor de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (SEMBRAIN) e Biblioteca Setorial Pe. Jaime Diniz (BPJD).</p> <p class="has-normal-font-size"> </p> <p class="has-normal-font-size">Para dúvidas e esclarecimentos, contate-nos no<em> e-mail</em> <strong>emiufrn@gmail.com</strong>.</p> https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/127 MÚSICA E INCLUSÃO 2024-11-26T09:39:49-03:00 Sergio Candido de Oscar sergioscar@yahoo.com.br <p>Neste relato de experiência apresentamos o trabalho de musicografia braille realizado em Juiz de Fora-MG. A iniciativa consistiu em atender alunos cegos por meio da oficina de Musicografia Braille desenvolvida em uma escola pública de música no município de Juiz de Fora, voltada para educação e inclusão musical. Nossa motivação se deu a partir da demanda de alunos cegos, que até então só tinham acesso a aulas práticas sem a oportunidade de realizarem registros e anotações musicais na pauta. Este projeto foi aprovado em 2016 e teve início em fevereiro de 2017.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/152 O FAZER MUSICAL ARTÍSTICO 2024-11-29T11:41:58-03:00 Lara Cheluje Laracheluje@gmail.com Ana Carolina Martins ana.martins@fames.es.gov.br <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho explora a temática da acessibilidade e inclusão no cenário musical brasileiro, tendo como foco principal a atuação da rquestra Brasileira de Cantores Cegos (OBCC). A partir da análise do artigo 5º da Constituição Federal (BRASIL, 1988) e da Lei Brasileira de Inclusão (LBI - BRASIL, 2015), que garantem direitos iguais às pessoas com deficiência, o estudo revela o descompasso entre a legislação e a realidade enfrentada no âmbito cultural e artístico. A OBCC, é pioneira e promove a inserção de cantores cegos em atividades que abrangem música, teatro e dança. Seus espetáculos são projetados com adaptações que asseguram acessibilidade plena, incluindo recursos como audiodescrição, intérpretes de Libras e suporte específico para pessoas com transtornos de neurodesenvolvimento. Este trabalho reflete sobre as barreiras encontradas pelos artistas cegos e reforça a relevância de ações inclusivas no campo das artes.</span></p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/140 REGÊNCIAS DE ESTÁGIO EM MÚSICA 2024-11-29T07:34:33-03:00 Débora Susã Pinto de Medeiros deborasusa18@gmail.com Carlos Antonio Freitas da Silva csilva310@hotmail.com <p>Este trabalho tem como objetivo relatar as experiências vivenciadas por uma estagiária do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante uma disciplina de Estágio Supervisionado II, realizada em 2023, em uma escola particular de Natal/RN. A disciplina, voltada ao ensino de música na Educação Infantil, promoveu estudo, planejamento, prática pedagógica e intervenção. As atividades foram realizadas em uma turma de nível V, composta por 14 crianças, incluindo duas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foram constatadas três regências com os temas: Família das Cordas, Música Clássica (com "Primavera" de Vivaldi) e Família dos Sopros. Utilizaram-se instrumentos musicais, fitas coloridas e recursos visuais para favorecer o desenvolvimento musical, sensorial e social das crianças. Os resultados demonstraram o impacto positivo da continuidade da musicalização e a relevância de práticas inclusivas, integrando expressão corporal, histórias e sonorização. Apesar dos desafios relacionados à individualização e continuidade do ensino, o planejamento detalhado e o suporte de uma equipe multidisciplinar foram essenciais para superar dificuldades e enriquecer a formação docente.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/138 IMPORTÂNCIA DO PROJETO MUSICALIZAÇÃO UP PARA OS MONITORES EM PROCESSO DE FORMAÇÃO 2024-11-25T15:15:22-03:00 Débora Susã Pinto de Medeiros deborasusa18@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O trabalho consiste em um relato de experiência sobre a importância do Projeto Musicalização Up, para os monitores que fazem parte do mesmo, estando integrado no Setor de Musicografia Braille e Apoio a Inclusão, Sembrain. A motivação partiu do interesse de entender como a experiência dentro de projetos de extensão podem causar efeitos significativos na formação acadêmica do indivíduo em preparação profissional. Dessa forma, a partir das vivências como monitora do sembrain, pude compreender a como conduzir e interagir, de maneira profissional, nas reuniões, nos planejamentos, no suporte das aulas e nas regências das aulas. Ao entrar no projeto em 2021.1 tive participação em diversos projetos do setor, como: Grupo Esperança Viva- Grupo de flauta doce para pessoas com deficiência visual (DV); Som Azul- Musicalização Para Pessoas Com Autismo e Musicalização UP- Musicalização voltada para pessoas com Trissomia 21 (T21), entre outros. Enfrentei questões desafiadoras, como: de que maneira planejar as aulas? Como conduzi-las de forma eficaz? Quais estratégias seriam mais adequadas para adaptar as atividades? Com o passar do tempo, essas dúvidas foram sendo resolvidas gradualmente por meio das práticas desenvolvidas semanalmente no projeto. Esse processo contribuiu para enfrentar e superar meus receios, levando-me a compreender a importância e a relevância dessa experiência para minha formação profissional. Nesse contexto, a área que despertou meu interesse para aprofundamento foi a musicalização, com enfoque específico no projeto UP. </span><span style="font-weight: 400;">No mesmo contexto, o projeto tem sua origem em 2015 com a iniciativa da Professora Catarina Shin, coordenadora do sembrain e alunos de Licenciatura em Música da UFRN, com práticas de musicalizar crianças e jovens e adultos com T21. A turma infantil (TI), no momento, está com crianças a partir de cinco até oito anos, e a turma de jovens e adultos (TJ-A) com faixa etária a partir de 12 anos. As aulas acontecem toda quarta-feira, iniciando às 14h (TI) e a aula da TJ-A iniciando às 15h10. A equipe do Up são monitores do curso de Música ou de outras áreas para ajudar no suporte, e o total de monitores e voluntários são oito integrantes, e a coordenação do Musicalização UP com Agamenon de Morais. </span><span style="font-weight: 400;">Os recursos usados para a temática foi a elaboração de um formulário, um tipo de questionário, para entender o processo de cada monitor dentro do projeto e como é seu desenvolvimento profissional na área. Para isso, quatro monitores discutiram sua trajetória, com as seguintes perguntas: 1. </span>Ano que iniciou os estudos na UFRN; <span style="font-weight: 400;">2. Desde que ano está nos projetos do sembrain; 3. J</span>á deu aula de musicalização ou aula antes da entrada no projeto? 4. Percebeu alguma mudança na sua prática/metodologia/abordagem em sala de aula, após a participação no projeto que atua? 5. Qual a importância do projeto na sua formação?. Por fim, as experiências obtidas juntamente com as ferramentas metodológicas foi possível observar que os monitores desenvolvem uma formação acadêmica mais aprofundada ao praticar nos projetos de extensão, garantindo o crescimento profissional.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/154 MINHA EDUCAÇÃO POR MIM MESMA 2024-12-01T19:59:01-03:00 Ana Letícia de Almeida Cid analeticiacid2005@gmail.com <p>O presente texto tem o objetivo de relatar as minha trajetória e experiência, desde os primeiros anos de vida até a universdiasde, mostrando que cada etapa e momento que vivenciei. Trata-se de um relato autobiográfico, uma vez que é contado por mim mesmo, no qual apresento as minhas dificuldades, obstáculos ultrapassados e os desafios enfrentados e os que ainda estão por vir. Dialogo com teóricos que são importantes para a ciência, além da educação musical. </p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/141 DESAFIOS E PRÁTICAS NA ATUAÇÃO DE DOCENTES NA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO SUPERIOR EM MÚSICA 2024-11-15T18:29:31-03:00 Nathalia Gabriella Fernandes Aguiar nathlia99@gmail.com Thamie Briane da Silva thamie.silva.472@ufrn.edu.br Raquel da Silva Araújo Ribeiro raquelaraujo.98@hotmail.com Augusto Cezar Marinho augustosociais@gmail.com Diego Silva Araújo diego.ujo@hotmail.com <p>Considerando os desafios enfrentados por pessoas com deficiência visual no <br />acesso e na permanência no Ensino Superior, o presente trabalho tem como <br />objetivo compreender, a partir da perspectiva dos estudantes e egressos, que <br />possuem deficiência visual, as dificuldades e práticas de docentes no Ensino <br />Superior da unidade acadêmica da Escola de Música da Universidade Federal do <br />Rio Grande do Norte. Para atingir esse objetivo, foi realizada uma revisão de <br />literatura, seguida pela aplicação de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas <br />foram conduzidas com discentes com deficiência visual, tanto egressos quanto <br />atuais estudantes, do curso superior da unidade acadêmica. Trata-se de uma <br />pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa, se caracterizando como um estudo <br />de caso no procedimento técnico. Como resultado, a partir da análise das <br />respostas, observamos que o principal fator que dificulta o desenvolvimento, <br />acesso, permanência e conclusão de alunos com deficiência visual é a lacuna <br />entre o que as leis preveem sobre a inclusão educacional e a realidade vivenciada <br />por eles. É comum que os estudantes enfrentem dificuldades em determinadas <br />disciplinas, principalmente devido ao nível de exigência do curso superior, no <br />entanto, essas dificuldades não devem decorrer da inacessibilidade metodológica <br />do ambiente acadêmico em relação à deficiência do aluno, um fator que foi <br />evidenciado durante as entrevistas realizadas para a coleta de dados.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/130 MÚSICA E INTERSECCIONALIDADE 2024-11-29T07:31:58-03:00 Ewerthon Lucas de Oliveira Lima Santos ewerthon.lucas@gmail.com Gabriela Araújo Torquato da Silva gabrielaats1993@gmail.com Francisco Bethoven Michielon Silva chicobethovenprofessor@gmail.com Kerginaldo Fonseca Bezerra kergiffonseca@hotmail.com Jane Eyre Pedro janepedro17@gmail.com <p>Este estudo explora a interseccionalidade entre gênero e deficiência visual na <br />trajetória acadêmica e musical de uma aluna do Bacharelado em Música da <br />Universidade Federal do Rio Grande do Norte e participante do programa <br />Esperança Viva. Com base em uma abordagem qualitativa e no método de estudo <br />de caso, foi realizada uma entrevista semiestruturada para compreender como <br />esses marcadores moldam sua experiência. A pesquisa destaca os desafios <br />enfrentados pela aluna sem acesso a materiais adaptados e o suporte fornecido <br />pela instituição, além de evidenciar a influência das identidades de gênero e <br />deficiência na construção de sua formação musical e acadêmica. Realizamos uma <br />entrevista semiestruturada utilizando uma abordagem qualitativa.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/146 EDUCAÇÃO MUSICAL INCLUSIVA 2024-11-25T15:18:07-03:00 Ana Paula Nascimento dos Santos anapaulavocalize@gmail.com <p>O texto aborda a relevância do conhecimento prévio sobre os alunos no contexto da Educação Musical Inclusiva, especialmente no projeto citado que atende pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por meio de questionários, buscou-se identificar as necessidades individuais, preferências musicais e condições específicas de aprendizagem dos estudantes, com o objetivo de planejar aulas acessíveis e inclusivas. A aplicação dos questionários permitiu um maior entendimento das características dos alunos, como hiperfocos, facilitando a criação de estratégias personalizadas para o ensino. Entre os desafios enfrentados, destacou-se a dificuldade em obter respostas completas dos responsáveis e a falta de tempo para discussão em grupo entre os monitores. Esses pontos ressaltam a importância de um planejamento cuidadoso para o sucesso da musicalização inclusiva.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/139 ENSINO DE FLAUTA DOCE PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL ONLINE 2024-11-15T11:37:12-03:00 Marilene Guedes marileneflauta@hotmail.com Pamela Araújo de Moura Morais araujo.pamela02@gmail.com <p>Este relato de experiência aborda o ensino de flauta doce para uma pessoa com <br />deficiência visual adquirida e parcial que progrediu para perda total no decorrer do <br />período desse relato. A iniciativa, conduzida pela professora, surgiu da <br />necessidade de proporcionar um acompanhamento personalizado e contínuo ao <br />aluno, que é um homem de 75 anos, natural de Natal, Rio Grande do Norte, e <br />participante do projeto de extensão Esperança Viva (UFRN). Com o objetivo de <br />manter o progresso do aluno, após a mudança da professora para outro país, as <br />aulas passaram a ser realizadas de forma remota, utilizando plataformas de <br />videoconferência, a partir de setembro de 2022.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/131 AS EXPERIÊNCIAS MUSICAIS DE ADULTO COM TEA NO CONTEXTO DE ABA 2024-11-13T15:06:11-03:00 Ingrid de Morais Souto ingridpsimt@gmail.com <p>O projeto de musicoterapia visa apoiar um adulto com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no desenvolvimento de sua Identidade Sonora (ISO), com foco em atividades como improvisação, composição e audição. Realizado em parceria com uma equipe multidisciplinar e a intervenção ABA, o objetivo é promover autonomia, habilidades sociais e bem-estar. O rapaz, inicialmente interessado em música, mas com aversão ao piano, foi reaproximado do instrumento com técnicas de dessensibilização.</p> <p>As sessões, conduzidas por uma musicoterapeuta, incluem atividades individuais e de socialização com outros jovens autistas. O uso de reforços positivos, como certificados, ajudou a motivar e estruturar sua rotina. A intervenção também abordou desafios como estereotipias, dificuldades com o sono e adaptação ao Canabidiol. Os resultados mostraram progresso no desenvolvimento musical, social e emocional, com o aprendiz se sentindo mais confiante e expressivo.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/129 MÚSICA E INCLUSÃO NO CURSO DE MÚSICA DA UFC/SOBRAL 2024-11-29T07:37:13-03:00 João Emanoel Ancelmo Benvenuto joaoemanoel@sobral.ufc.br Jonatas Souza e Silva jonatas.ufc@gmail.com Gabriel Nunes Lopes Ferreira gabrielnlf@ufpi.edu.br Mayra Beatrisse Costa Freire beatricemayra13@gmail.com José Carlos Rodrigo Oliveira joserodrigo@alu.ufc.br <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo principal desta pesquisa buscou identificar e avaliar as ações elaboradas com foco no desenvolvimento da educação musical inclusiva, durante o período de 2011 a 2024, junto ao curso de Música - Licenciatura da UFC, </span><em><span style="font-weight: 400;">Campus</span></em><span style="font-weight: 400;"> Sobral. Para tanto, estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos: a) identificar as atividades implementadas nos eixos de ensino, pesquisa e extensão que tratam sobre a inclusão de pessoas com deficiência na estrutura curricular do curso de Licenciatura em Música da UFC/Sobral e; b) refletir sobre as fragilidades e desafios existentes no Curso de Música da UFC/Sobral ligadas à temática da educação musical inclusiva. Com relação aos aspectos metodológicos, o método escolhido foi a pesquisa-ação, uma vez que “o observador e seus instrumentos desempenham papel ativo na coleta, análise e interpretação dos dados” (GIL, 1987, p. 49). No que trata do procedimento de coleta de dados, explicita-se que partiu de um levantamento documental e reflexivo em torno das ações voltadas para o desenvolvimento da educação musical inclusiva no curso de Música da UFC/Sobral. Por fim, ao avaliar a trajetória das discussões e atividades promovidas voltadas para o fortalecimento da Educação Musical Inclusiva no âmbito do curso de Música da UFC/Sobral, é possível entrever a existência de uma política pública que está sendo gradativamente implementada, tendo como ganhos uma maior sensibilização e preparação na formação discente da instituição para às perspectivas da inclusão.</span></p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/134 A EDUCAÇÃO MUSICAL PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO COMPLEXO ESCOLAR DE ARTES 2024-11-29T07:35:20-03:00 Catimba Matias Anacleto Dr.catimba@hotmail.com Arsebal Lando Candele arsilando@gmail.com Hernandes Canguia jose24@hotmail.com <p>Este estudo investiga a educação musical inclusiva no Complexo Escolar de Artes, voltada para crianças &nbsp;e jovens com deficiências. Com o objetivo de desenvolver habilidades musicais e sociais, o projeto cria um ambiente adaptado e acessível, valorizando as potencialidades de cada aluno (Gordon, 2003). A base teórica inclui Vygotsky (1978), que aborda a mediação social, e a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que defende a educação inclusiva. O desenvolvimento inclui etapas como diagnóstico das necessidades, adaptação de espaços e materiais, capacitação docente e monitoramento constante. A abordagem é prática e sensorial, utilizando instrumentos adaptados e músicas simples. A infraestrutura conta com instrumentos de fácil manuseio, materiais táteis e apoio tecnológico. O impacto social desejado é o fortalecimento da autoestima e a interação entre alunos. O contexto angolano, afetado por cicatrizes pós-guerra e desafios socioeconômicos, mostra a relevância da música como meio de expressão e tratamento para crianças com transtornos emocionais. Como Blaking sugere, a música estimula os sentidos e promove inclusão.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/147 ESTRATÉGIAS PARA O ENSINO DA MÚSICA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN 2024-11-25T15:29:28-03:00 Ana Paula Nascimento dos Santos anapaulavocalize@gmail.com <p>O presente trabalho é um relato de experiência sobre o projeto Musicalização UP, <br />desenvolvido pelo Setor de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (SEMBRAIN) da <br />Escola de Música da UFRN. O projeto tem como objetivo proporcionar aulas de <br />musicalização para crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down, utilizando <br />estratégias pedagógicas adaptadas para estimular o desenvolvimento cognitivo, motor <br />e social dos alunos. A pesquisa, de abordagem qualitativa e classificada como estudo <br />de caso, busca descrever as atividades realizadas em 2023 e refletir sobre a eficácia <br />das estratégias aplicadas. As aulas foram organizadas em duas turmas, sendo a <br />primeira composta por crianças a partir de cinco anos e a segunda por jovens e <br />adultos a partir de 12 anos. Entre as metodologias utilizadas, destacam-se a repetição <br />estruturada, a exploração sonora do ambiente, o uso de recursos visuais e a <br />adaptação de materiais didáticos, como o sistema Chrome-Note para ensino de notas <br />musicais. Os desafios enfrentados incluíram a baixa assiduidade dos alunos mais <br />jovens e a dificuldade de coordenação motora e precisão rítmica na execução musical. <br />Para superar essas barreiras, foram adotadas estratégias como flexibilização do <br />ambiente de aula, uso de atividades lúdicas e estímulo à participação coletiva. Os <br />resultados indicam avanços significativos no desenvolvimento musical, motor e social <br />dos alunos, evidenciando a importância da Educação Musical Inclusiva. O estudo <br />reforça a necessidade de maior preparo prático na formação docente para atuar com <br />alunos com deficiência, contribuindo para a construção de um ensino mais acessível e <br />eficaz.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/145 ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DE DUAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA EM ATIVIDADES DE ACOLHIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 2024-11-15T18:52:01-03:00 Carlos Antonio Freitas da Silva csilva310@hotmail.com Géssica Fabiely Fonseca gessica.fonseca@ufrn.br <p>Este trabalho teve como objetivo analisar a participação de duas crianças com <br />deficiência, denominadas Samba-Enredo e Bossa Nova, em atividades de acolhimento <br />na Educação Infantil. Utilizando a Classificação Internacional de Funcionalidade, <br />Incapacidade e Saúde (CIF), foram observados níveis variados de participação nas <br />atividades. A metodologia compreendeu a pré-análise, a exploração do material e o <br />tratamento dos resultados, com dados coletados em cinco intervenções de uma <br />pesquisa sobre contação e sonorização de histórias como recurso pedagógico musical <br />acessível. As intervenções ocorreram em diferentes ambientes de uma instituição <br />educacional no Rio Grande do Norte, com o apoio de uma equipe de profissionais. Os <br />resultados indicam que as atividades de acolhimento constituem um recurso eficiente <br />para promover a inclusão e o desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/148 REFLEXÃO E PRÁTICAS ACERCA DAS VIVÊNCIAS DOS PARTICIPANTES DO GRUPO ESPERANÇA VIVA 2024-11-26T09:44:02-03:00 Nathalia Gabriella Fernandes Aguiar nathlia99@gmail.com Maristela de Oliveira Mosca maristela@nei.ufrn.br <p>Este trabalho, parte de uma dissertação de Mestrado em andamento, objetiva <br />analisar como as experiências e aprendizagens dos membros do Grupo Esperança <br />Viva impactam as formações musical, acadêmica e humana de estudantes com <br />deficiência visual. A pesquisa se insere no campo da Educação Musical Especial <br />em uma perspectiva inclusiva e é fundamentada em uma revisão de literatura que <br />proporciona um suporte teórico para o estudo. A pesquisa, de caráter qualitativo, <br />enfatiza a compreensão das vivências dos participantes, com base na análise de <br />experiências individuais e grupais. O Grupo Esperança Viva é um projeto de <br />extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que integra pessoas <br />com e sem deficiência visual, com o objetivo de promover a inclusão por meio da <br />musicalização. A pesquisa também aborda a trajetória do Setor de Musicografia <br />Braille e Apoio à Inclusão (SEMBRAIN), criado para apoiar alunos com deficiência <br />visual na EMUFRN, sendo fundamental para o desenvolvimento de projetos de <br />extensão, ensino e pesquisa sobre musicalização para pessoas com deficiência. O <br />estudo aponta que a participação no grupo contribui de maneira positiva, tanto no <br />âmbito acadêmico, como no humano e musical. Entendemos, dessa maneira, que <br />a Música, sendo uma linguagem, pode influenciar positivamente o desenvolvimento <br />pessoal, acadêmico e musical dos estudantes com deficiência visual, destacando a <br />importância de uma Educação Inclusiva e de acordo com as necessidades <br />individuais.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão https://ojs.musica.ufrn.br/emi/article/view/149 O ENSINO DE FLAUTA DOCE NA ESCOLA JOAQUIM ANDRÉ CAVALCANTI, PARA ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIAS OCULTAS E TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO 2024-11-15T19:13:05-03:00 Phablo Henrique de melo França phablo.sax.melo@gmail.com Breno Novaes Alves breno.novaes@ifpi.edu.br <p>Há uma crescente discussão sobre a prática do ensino com ênfase em Educação Especial, bem como o uso de metodologias específicas na formação dos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que atendem este público no Brasil. Leis que fortaleceram a legitimidade do ensino inclusivo foram criadas, desde a Declaração de Salamanca, que trata a Educação como um direito de todos. Estas leis têm atendido e criado ambientes educacionais de ensino mais respeitosos dentro das necessidades e especificidades dos alunos com deficiência, até o Decreto de nº 11.370, de 1º de janeiro de 2023, que revogou o de nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, onde instituía a Política Nacional de Educação Especial. &nbsp;Logo, o professor do AEE está constantemente exposto as mudanças da atualidade, especialmente no período pós-pandemia. A partir dessa observação, algumas questões podem ser consideradas objetos de investigação após aplicação de métodos qualitativos de ensino, a exemplo do projeto e estudo a seguir. Entre elas, leva-se em consideração à prática do ensino de flauta doce, enfocando as diversas abordagens para a transmissão de conhecimento a alunos com Deficiências Ocultas, Transtorno do Espectro Autista, Deficiência Intelectual, Microcefalia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O contexto da pesquisa acontece no Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Escola Joaquim André Cavalcanti, na Cidade de Petrolina, Pernambuco. Os objetivos com as aulas de música foram: compreender o comportamento e analisar as atitudes de autocontrole e engajamento em grupo e sua percepção, observando o processamento e estímulos sensoriais; absolver os conteúdos e o tempo de resposta para execução da flauta doce; verificar a retenção de conhecimento em curto e longo prazo, observar a rapidez com que os alunos respondem ao estimulo solicitado e; considerar cada deficiência e/ou transtorno do neurodesenvolvimento, assim como os impactos destas intervenções, na interação social e comportamental dos alunos participantes (ao todo 14 alunos com necessidades específicas). Nesse processo foi perceptível a importância da música no universo inclusivo e as possibilidades de avanços das aulas na área cognitiva. Como observado por Swanwick (2003, p. 94), “qualquer modelo de avaliação válido e confiável precisa levar em conta duas dimensões: o que os alunos estão fazendo e o que eles estão aprendendo”. Tomando como base esta afirmação, é possível avaliar os processos subjetivos no ensino dentro da sala multifuncional e comum, entendendo a avaliação como instrumento de direção para analises dos fatos existentes no meio de atuação, utilizando as diretrizes fornecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o professor licenciado. A metodologia baseou-se nos conceitos do método Da Capo, desenvolvido pelo professor Joel Barbosa, e o método Suzuki. O método Da Capo propõe um ensino sequenciado e estruturado, enfatizando a prática em conjunto e a repetição contínua. Por outro lado, o método Suzuki valoriza a interação familiar e, dentro deste aspecto, reuniões foram realizadas para a busca do entendimento metodológico e encontros em grupo com os familiares, além de um encontro individual com os pais e/ou responsáveis legais para supervisão dos alunos na execução da flauta. Dentro disso, algumas pesquisas têm nos mostrado, a exemplo de Bianchessi (2020), que o relacionamento com práticas pedagógicas através do “saber” por muitas vezes empíricas, acontecem de diferentes formas nas diversas multiplicidades de espaços educacionais. Neste sentido, faz-se necessário à construção de um conjunto organizado de saberes e linguagens vivenciadas por momentos aplicados dentro da realidade da Educação Especial e do seu ensino para o uso de práticas pedagógicas comprovadas assistivas¹ com os alunos e familiares envolvidos no trabalho. Tomando como base esta afirmação, esse método de ensino envolvia os familiares em todas as etapas do processo de aprendizado, desde a escuta ativa e apreciativa até a execução das primeiras peças. Essa abordagem oferece o suporte necessário para que os familiares possam acompanhar o desenvolvimento do aluno em casa com uma prática supervisionada, seguida de escuta e apreciação qualitativa no processo de construção e aprendizagem da flauta, com incentivo emocional oferecendo engajamento nas atividades, mantendo a motivação e autoestima do aluno. Assim sendo, o projeto desenvolvido contempla os níveis de educação/ensino, pesquisa e extensão, dado que caminha em direção a sala multifuncional do Atendimento Educacional Especializado (AEE), e a apuração dos processos avaliativos e metodológicos, levando a sociedade e classe acadêmica a futuras reflexões que podem auxiliar no progresso e qualidade do ensino na região. Por fim, será realizada uma análise documental dos planos de aulas e evolução dos respectivos alunos participantes do projeto. Ludke e André (1986) afirmam que a análise documental é um instrumento indispensável à pesquisa qualitativa, complementando informações obtidas ou desvelando aspectos novos. Quanto à observação direta, esta é uma excelente oportunidade de contato com o real, pois com a observação a pesquisa pode ser situada, orientada, os sujeitos podem ser reconhecidos e juízos podem ser emitidos sobre elas (LAVILLE; DIONNE, 1999, p. 176). As aulas foram ofertadas na sala multifuncional da escola, iniciando no mês de maio de 2023 e seguirão até o mês de dezembro de 2024, incorporando exercícios práticos de aquecimento, leitura de partitura, jogos interativos musicais e exposição da melodia executada, com duração de 1 hora para cada encontro, além de reforço no contraturno escolar. Nessas aulas, foi possível a prática do instrumento com obras utilizando as notas sol, lá, si e, depois de dois meses de atendimento, a inserção das notas dó e ré. Hoje soma-se 7 obras ao repertório. Todas as estratégias pedagógicas foram adaptadas para que houvéssemos um melhor envolvimento no atendimento com os recursos auditivos e visuais, facilitando a compreensão das posições e duração das notas em relação à melodia, desenvolvendo a percepção musical e ampliando o repertório. Os resultados obtidos indicam o progresso contínuo dos oito alunos com TEA Nível de suporte I e II e avanços significativos com os três alunos portadores do TDAH. Outrossim, foi perceptível uma maior dificuldade com três alunos que possuem DI - Deficiência Intelectual e Microcefalia com Deficiência Intelectual, onde foi possível constatar lapsos de memória sequenciados relacionados à música e demais conteúdos gerais em diferentes bimestres. Cabe aqui ressaltar uma melhora significativa no rendimento e interação social escolar de todos os alunos participantes do projeto em que a música foi utilizada como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento cognitivo. Essa experiência propõe que o uso combinado e conceito dos métodos aplicados ao instrumento flauta doce acaba sendo eficaz, promovendo a inclusão dos alunos do AEE com transtornos do neurodesenvolvimento, em que a participação da família acaba sendo a chave para o sucesso desta atividade. A verificação comportamental e uso de tecnologia e ferramentas assistivas neste processo, nos apresentam uma razoável parcela de dados para futuras análises, mudanças de estratégias nas atividades adaptadas e tomada de decisões rápidas para um melhor atendimento na Rede Estadual de Ensino.</p> 2025-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2025 Anais do Encontro sobre Música e Inclusão