A FLAUTA DOCE REVERBERANDO SONS NA MEMÓRIA DOS EDUCANDOS E NO FAZER DOCENTE:
Um relato de experiência no Esperança Viva
Palavras-chave:
Musicalidade, Pessoas com deficiência visual, Vivências significativas, Flauta doce, MemóriaResumo
Mesmo com os avanços a longo prazo e os retrocessos de uma conjuntura nacional política recente no que diz respeito a inclusão em ambientes de ensino, a universidade pública mantém-se firme ao que tange o fomento de ações desta natureza, do mesmo modo na formação integral e de qualidade que, assim como eu, vivencia o aprender para ensinar e ensina o que aprende.
A vista disso, o Esperança Viva, a partir do seu caráter extensionista como programa, promove aulas em seus projetos que instigam um ensino atento às especificidades dos sujeitos dentro da Escola de Música da UFRN e propicia o exercício da práxis de nós, licenciandos em Música. Dessa maneira, acontece nas aulas de flauta doce no Projeto Esperança Viva com o desenvolvimento de técnicas elementares de flauta doce para pessoas com deficiência visual.
Essa iniciativa vem acontecendo desde 2012. Atualmente, as aulas de flauta doce se estruturam em 3 turmas, sendo estas nomeadas de Turma A, Turma B e Turma C. Para o presente relato, estarei abordando a Turma B que se caracteriza por 2 alunos e 4 monitores, incluindo eu nesse último grupo. As aulas acontecem uma vez por semana no tempo de uma hora.
Os alunos possuem vivência na flauta há longos anos no projeto, todavia, possuem algumas dificuldades técnicas. Entretanto, não venho expor as barreiras como lugar enfático, mas sim das potencialidades a vista da totalidade enquanto indivíduos que possuem sua musicalidade num lugar de singularidade, considerando seus contextos sociais e experiências musicais históricas provenientes antes de seus “existir no mundo”, como o que prossegue após ele. (GONÇALVES; PEDERIVA, 2019).
As aulas de flauta doce, mesmo havendo seus objetivos técnicos ao que tange o ensino do instrumento, é necessário postular caminhos para além do enrijecimento do fazer sonoro “por fazer” no processo educativo musical. A partir dessa concepção, entendendo a musicalidade como estandarte para um aprender significativo (PEDERIVA; GONÇALVES, 2017) as aulas foram construídas por diálogos introdutórios a respeito de como o objeto, desde o título de uma música ou “o escalar das notas ascendentes”, por exemplo, se aproxima com uma situação que a eles despertam.
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